quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Cesar Millan ou Victoria


Cesar Millan ou Victoria 

Todo mundo que se interessa por cães já se deparou com dois programas bem conhecidos que passam no Brasil pela Tv a cabo: “O Encantador de Cães”, deCesar Millan; e “Ou Eu ou o Cachorro” , de Victoria Stiwell.
Ambos tem em comum o amor pelos animais, possuem fundações que auxiliam animais abandonados e defendem que o dono deve ser responsável pelo seu cão. O que os diferencia são os métodos que cada um utiliza: Cesar não se vê como adestrador , e sim como alguém que reabilita cães com problemas de comportamento e treina pessoas para que elas aprendam a se comunicar melhor com seus animais.
Victoria utiliza o reforço positivo , que busca mostrar ao cão que o bom comportamento traz boas conseqüências. Em entrevista à revista Época,ela afirma “Viver no mundo doméstico causa estresse e ansiedade e muitos cães desenvolvem problemas de insegurança e confiança. Se você pune esse tipo de animal, pode fazê-lo se comportar de forma ainda pior e se sentir pior ainda. O reforço positivo mostra ao cão como se comportar e de que forma se comportar bem traz prazer.”
Já César não possui um método, e sim conceitos baseados em suas observações dos cães com os quais conviveu durante toda sua vida. Ele conta que suas correções são baseadas em comportamentos que os cães tem com os outros em matilhas selvagens. Ele utiliza um “toque de correção”, que imita o beliscão que a cadela dá em seu filhote quando discorda de seu comportamento. “Meus métodos não têm a ver com força, têm a ver com autoridade e liderança. Não acredito que eles sejam o único meio de conseguir recuperar ou treinar um cão, mas funcionam para mim, e funcionaram para muitas outras pessoas também. Acredito que a violência nunca é uma ferramenta útil no adestramento. Você nunca deve gritar com o cão ou bater nele. Além de ser cruel, é prejudicial ao processo de treinamento. Nunca ajuda. Recomendo que as pessoas usem qualquer método com o qual se sintam mais confortáveis e com os quais atinjam seus objetivos de maneira humana.”
Questionado a respeito das críticas à sua abordagem, Cesar diz á Época que “Desde que o mundo é mundo as pessoas concordam e discordam. A mãe de uma alcatéia tem que liderar. Isso significa que ela protege, guia e tem a confiança, o respeito e a lealdade do grupo. Essa é a definição de dominação. Não é uma palavra, é um sentimento. “Dominar” não é ser mau, é ter o controle da situação” segundo ele, seus métodos nada tem a ver com força, e sim autoridade e liderança.
E qual o problema da dominância? De acordo com Victoria, “O ponto principal contra a teoria da dominação é que ela pode ser perigosa para as pessoas. Quando as pessoas vêem, na mídia, um cão que é treinado com o uso dessas técnicas rudes, de certa forma estão sendo enganadas. O modo como a TV mostra as coisas pode ser muito sedutor.. Há muito mais poder naquele adestrador que consegue lidar com um cão extremamente agressivo sem apelar para métodos duros.(…)  Para mim, adestrar um cão é fornecer a ele as ferramentas de que ele precisa para se sentir confortável no ambiente doméstico.”
Cesar acredita que “Na essência, qualquer que seja o método – quer você use o método do clicker, da liderança da matilha ou qualquer outro –, é preciso ganhar a confiança, o respeito e a lealdade de seu cão. Nós podemos executar o adestramento de formas diferentes, mas o objetivo é o mesmo independentemente do método.”


Nenhum comentário:

Postar um comentário